Sempre tem que ter um motoqueiro fodão, né?


Capítulo 8 - Black Rider




Olá, eu sou o traje militar da O.H.D. Não, definitivamente não sou um personagem, só vim me apresentar. Meu projeto começou em 2001, quando o exército americano começou a trabalhar em um protótipo de exoesqueleto. No começo, quem me usava, conseguia quebrar uma pedra gigante sem dificuldades. O problema era que eu parecia uma armadura e era pesado demais, causando extrema fadiga. Um dia, um pesquisador de Engenharia da Toudai - Tóquio desenvolveu um tecido sintético leve e extremamente resistente. Logo, o exército americano comprou em sigilo o projeto e o desenvolveu. A O.H.D declarou que eu era desnecessário para uso contra semelhantes e me adotou. Graças a mim, os usuários são capazes de aumentar sua força e assim podendo defender a humanidade. Pelo menos é assim que eles querem que você pense.



Taikou, Mitsu e Haruki haviam feito várias missões solos nesses dois meses que se passaram e essa era a primeira vez que se reuniam novamente. Sabendo do afastamento repentino dos três outros componentes restantes.



Com certeza, enfrentar um grupo de mestiços-Lobisomens era uma tarefa difícil sem seu arsenal principal, Sano e Sakurai. Os mestiços não conseguem usar toda a capacidade de um Lobisomem, só criando garras e dentes, alguns pêlos e um rabo, mas continuando sanguinários.

Era raro eles aparecerem no Japão, já que geralmente eles só lutavam contra Youkais, mas nos últimos tempos, inúmeras raças estavam se reunindo ali.

Mesmo com upgrades em suas armas, eles estavam tendo dificuldades. As botas de Taikou agora tinham chamas azuis saindo de trás. O Noteboock de Mitsu tinha virado um “Iphone” e Haruki usava uma metralhadora automática modificada.

Haruki se escondeu atrás de uma lixeira e mestiços pularam ali, sendo metralhados no ar, caindo mortos no chão. Taikou não hesitava em arrancar membros de cada um deles com seus poderosos chutes e Mitsu parecia gostar de explosões.



Mesmo parecendo fáceis de derrotar, eles não paravam de aparecer, pareciam que se multiplicavam cada vez mais rapidamente. Um deles avançou em Taikou. Este o chutou na cara, quebrando seu pescoço. Ele torceu o mesmo para o lugar e mordeu sua perna esquerda. Iria arrancá-la, se não fosse Haruki metralha-lo nas costas antes.

Mais e mais apareceram. Eles estavam extremamente ofegantes e sem condições de continuar lutando.

De repente, o espaço pareceu se deformar perto dos mestiços os explodindo em mil pedaços, espalhando sangue para todo o lado. Lá do alto do prédio, uma pessoa com um macacão preto e capacete montada em uma moto desceu agilmente até embaixo, pulando do alto até o chão em um só movimento.



Haruki abaixou a arma e disse: — Quem é você e o quê quer?

E uma voz estranha, distorcida e fria falou:



— Não tenho nada contra vocês, mas, é a lei da selva. Ou você come ou é comido. E pulou da moto, investindo contra Haruki, caindo encima dela e preparada para estourar sua cabeça com um soco. Nesse momento, uma pessoa estranha segurou o braço do motoqueiro e o levantou só com uma mão, tocando-o contra o prédio ao lado.

Taikou reconheceu quem era. Usava o mesmo capacete daquela vez. Era o inimigo que tiveram que derrotar para entrar na O.H.D. Mas havia algo diferente. Vestia um sobretudo e suas luvas tinham um formato de pata de gato, com afiadas lâminas em forma de unhas nos dedos e em sua cintura havia uma katana embainhada.



— Parece que temos alguém interessante aqui. Disse a voz, rindo.



Saiu da fumaça de poeira e pulou contra a pessoa. Envolveu suas pernas em seu pescoço a derrubando, socando sua cara logo depois, enterrando-a no chão.

Os três assistiam perplexos a luta dos dois estranhos, que pareciam não se importar com a presença deles.

A pessoa parecia morta, estirada no chão. Quando o motoqueiro foi chutar seu corpo, ela agarrou sua perna e o tocou para trás. O motoqueiro caiu de em pé no chão e os dois se encontraram com um soco que tremeu o chão. Ele deu um passo para trás e acertou um chute em sua cara, que revidou com um soco, rachando o visor do capacete. Os dois estavam com as mãos entrelaçadas, empurrando um ao outro.

A luta parecia empatada, mas o motoqueiro desistiu do combate corpo-a-corpo e pulou para trás, apontando o dedo indicador e médio em forma de pistola e falou: Bang!



Nesse momento, o espaço se distorceu novamente e a pessoa voou para trás, batendo na parte de cima do prédio e logo depois caindo ao chão. Ele se limpou da poeira e investiu contra o motoqueiro, quebrando o visor por completo. Mesmo assim, ele ainda usava uma mascara por baixo.

Mitsu tocou o Iphone com um tipo de caneta que se estendia por um fio ligado ao traje e gritou.

— Ataque-o!

O motoqueiro tentou se mexer, mas não conseguiu. Ela havia “infectado” os dados do chão, deixando-o mais lento.

Quando a pessoa ia enfiar suas afiadas garras em sua garganta. De repente, ele pareceu afundar no chão e enquanto sua cabeça desaparecia, ele disse:



— Realmente gostei de você. Nos veremos novamente, jovem...

Desaparecendo por completo, parecendo uma ilusão de ótica, deixando o chão intacto.



A figura se direcionou a Taikou. Este se levantou mancando com a perna boa e o chutou. A pessoa pareceu não sentir nada. Tirou o capacete com os fones e se mostrou.

Ali, Nishi sorria alegremente para ele.



— Yo. Há quanto tempo, Taikou.




Capítulo 8 - Black Rider: Fim.

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