Capítulo 7- Birth By Sleep II






— E agora? O quê faço? Dizia o velho confuso, enquanto andava de um lado para o outro. Levou as mãos à cabeça e gritou:

— Já sei! É só eliminar vocês! Estava com um olhar completamente alucinado. Tirou uma pistola do bolso e apontou para eles.

Nishi arregalou os olhos e puxou o braço de Taikou, se dirigindo para a porta, que logo fechou na frente deles. Mitsu não esboçava nenhuma emoção e continuava sentada, vidrada em seu game. Quando o velho ia apertar o gatilho contra eles, um braço de mulher segurou o seu braço e disse com uma voz doce e calma:

— Deixe de caducar velho. Aplique os testes a eles e se forem aptos, qual é o problema de entrarem para a divisão?

— Mas eles são de fora.

— Simples, se não manterem sigilo, eu mesmo me encarrego deles. Disse ela, mudando totalmente o tom da voz, agora sendo frio.

— Ok, ok. As únicas pessoas que entram de fora são os que são indicados pelo governo, obtendo as melhores notas ou extrema aptidão em algo. Mas dessa vez farei uma exceção. Se vierem me procurar, vou deixar esse fardo para você, Haruki-chan. — Aliás, já tentou experimentar esse Cosplay de empre... Antes de completar, levou uma dedada no olho.

— Então, espero que não estejam assustados com a reação de Okiba-san. Ele já esta em idade de confundir as coisas.

— Não, sem problemas. Ele apontou uma arma para nossa cara enquanto gritava como um louco, sem problemas, estamos acostumados. Disse Nishi, ironicamente.

— Os testes vão se basear nas seguintes etapas: Provas de conhecimentos gerais, teste de sincronia e o teste de missão experimental.

— E se não passarmos? Perguntou ele.

— Apagaremos o conhecimento que vocês têm sobre este lugar com aquela máquina, Disse, apontando. — E o deixaremos seguros em seus devidos lugares.

Mesmo que não acontecesse nada com eles a não ser esquecer sobre aquilo, o fato de que teriam as cabeças enfiadas na máquina que Haruki apontou o incomodava bastante, aponto de ele se esforçar para passar no teste.



Foram mandados até uma espécie de sala de aula e Haruki disse: — Quando o tempo acabar se não tiverem entregado todas as três provas, aquele relógio que está encima da mesa vai fazer esta sala explodir. Deixando os dois aflitos. — Se conseguirem acabar, a próxima etapa será mostrada para vocês.

Lá foram entregues várias provas de diferentes matérias e dado um determinado tempo. Mitsu pareceu aflita ao tirar o noteboock de suas mãos. Nishi e Taikou quebravam a cabeça para resolver o teste, enquanto ela olhava despreocupada para os lados, parecendo esperar o tempo acabar.

Faltava metade da prova para Taikou e o ponteiro já estava quase se aproximando da hora marcada.

— Vai Taikou! Vai! Gritava Nishi.

— Não me afobe!

— AAAAH! Gritaram os dois, pulando de um lado para o outro.

* Tick * - Um barulho foi ouvido do relógio e o ponteiro parou. De alguma forma, a genial Mitsu havia aberto ele e o desativado. Tudo isso em questão de poucos segundos. Os dois respiravam ofegantemente e estavam com os olhos abertos como os de um gato assustado.

— Muito obrigado, mesmo. Disse Nishi, olhando para ela nos olhos. Ela desviou o olhar, envergonhada, apresentando o primeiro sinal de emoção em muito tempo. Voltou sua atenção para o havia aparecido no quadro negro, seguida pelos dois.



“Saiam desta sala e sigam a direita até o final. Chegando lá, preencham os formulários com suas informações básicas e continuem o procedimento, depois seguindo para o último teste.”



E abaixo dizia a pontuação dos três e um desenho engraçado do lado de cada um.



Hibari Mitsu: 120 pontos.

Hikata Nishi: 60 pontos.

Minami Taikou. 60 pontos.

Pontuação final requerida: Mínimo de 1000 pontos.



Os dois olharam abobados para ela, que não aparentava ter toda essa aptidão.

Seguiram as instruções dadas e foram até a esquerda do corredor, aparentemente o prédio era extremamente extenso por dentro.



Lá dentro encontraram três cabines de formas ovais em um canto da parede e três formulários encima de uma mesinha. Nishi pegou um deles e leu lá embaixo no rodapé: “Não nos responsabilizamos por quaisquer danos causados aos participantes”. Ele engoliu em seco e analisou a situação: Arriscar aqui ou ter a memória apagada de maneira brutal. Preferiu continuar.

Preencheu-o, inserindo peso, altura, etc. Mitsu tirou a roupa sem se preocupar com os olhares dos dois e entrou na cabine. Os dois fizeram o mesmo, meio relutantes e com os olhos fechados. Taikou riu e falou: — Eu disse que não iria precisar do terno.

Lá, Nishi botou a mascara de oxigênio que estava de seu lado, a cabine emitiu um barulho e começou a se encher de um líquido estranho.

Depois de alguns minutos, ele começou a se mexer de maneira abrupta, chutando e socando o vidro da cabine. Era como se estivessem espremendo sua cabeça com martelos gigantes. Sentiu seu corpo começar a ficar pesado e começou a perder a força. Quando sua visão já estava escura e ele não aguentava mais, o líquido baixou e o vidro da cabine se abriu sutilmente. Ele se soltou rapidamente da mascara de oxigênio e foi para um canto vomitar.



— Cara, tudo bem ai? Perguntou Taikou.

— Só passei um pouco mal.

— Olhem isso.

Disse Mitsu, agora enrolada em uma toalha que havia achado, sendo umas das raras frases que eram emitidos por ela.

Ali na frente deles, três uniformes militares pretos se estendiam e de seu lado, suas respectivas armas.

Uma bota com estranhos buracos atrás, um par de luvas pretas normais e um noteboock com um design futurista. Armas com certeza nada convencionais

Na parede estava escrito:

“Sigam ao Salão Branco, ao oeste desta sala. Seu último teste os espera”.

E do lado, os resultados do segundo teste se mostravam.



Hikata Nishi: Sincronização: 120% = 520 pontos Total: 580 pontos.

Hibari Mitsu: Sincronização: 100% = 500 pontos Total: 620 pontos.

Minami Taikou: Sincronização: 80% = 480 pontos Total: 540 pontos.



Nishi não entendeu, já que havia sofrido tanto no processo e ainda estava meio tonto.



Depois de preparados e vestidos, seguiram ao Salão Branco. Realmente, o prédio não era nada pequeno por dentro. Não era muito difícil de achar ele, já que sua grande porta branca e grande se erguia no fim do corredor principal.



Entrando lá, entenderam o porquê de o Salão Branco ter esse nome. Era um espaço extremamente grande e oval, todo da cor branca, chegando a ser ofuscante. Lá, uma escada em espiral que levava até o andar de cima se erguia.



Os três olharam para cima e lá viram uma figura. Ela usava o mesmo uniforme que eles e um capacete parecido com um de motoqueiro, se diferenciando pelos grandes fones em sua cabeça.

Ele puxou uma adaga e pulou, caindo com uma extrema potência e tentando golpear Nishi, que se defendeu por instinto com uma das mãos. Ficou impressionado por não se ferir, mesmo que o chão tivesse cedido embaixo dele, ele tinha defendido. Mas não teve muito tempo para reagir. O inimigo se livrou de seu braço e o socou na barriga, fazendo-o ser arremessado para trás. Nesse momento, ele pulou para o lado e o chão explodiu abaixo dele. Era Mitsu entrando na batalha. Já havia entendido o objetivo da missão.

— Minami! Tente o chutar!

E Taikou o fez, saindo descontroladamente em direção ao inimigo, que se desviou facilmente, levando ele a se espatifar na parede. Foi em direção a Mitsu, levando um soco desajeitado de Nishi e caindo no chão. Pulou para o primeiro lance de escadas e sacou duas pistolas prateadas, atirando contra eles. Nishi pulou até ele, ficando impressionado com sua capacidade. Chegou ao inimigo e segurou sua pistola, apertou-a e a quebrou. O inimigo chutou sua cara e ele não sentiu nada, se sentia incrível. Socou ele inúmeras vezes, finalizando com um forte soco na cara que o fez voar contra a parede. Nishi estava confuso, mas excitado, nunca havia brigado na vida, e agora que estava, era algo tão eletrizante e perigoso que ele não sabia se gritava de felicidade ou medo. O inimigo se levantou e o socou no peito, fazendo o cair do lance de escadas e se espatifar no chão, pulou em direção a Taikou, que tentou o chuta-lo na cara, mas esse se desviou. Agarrou-o e o tocou para o alto com uma força extrema, pulou e acertou uma cabeçada na barriga enquanto ele ainda estava no ar, fazendo o vomitar sangue. Ele não demonstrava nenhum pingo de piedade, chutou Mitsu, incapaz de se defender e a tocou para longe com a mão. Nishi se levantava cambaleante, mas ainda capaz de lutar.

Não se importava se estava vivendo algo surreal e sua força não era a de um humano normal, ele queria acabar com aquilo. O inimigo em um só pulo se dirigiu ao andar de cima, vendo Taikou caído no chão, desmaiado. Os dois o seguiram e Mitsu fez o chão explodir de novo, desta vez, acertando-o. Ele, ainda de em pé, aparentando extrema vitalidade, tocou duas adagas em direção a ela. Nesse momento, Nishi pulou na frente dela e usou suas costas para defendê-la. Caiu encima dela, quase a abraçando sem querer, deixando-a totalmente vermelha. O inimigo soltou um barulho que se assemelhava a uma risada e se aproximou em passos lentos. Chegou aos dois e apontou uma das pistolas. De repente, uma faísca saiu das botas de Taikou, que estava desmaiado, e fez com que ele voasse descontroladamente de encontro ao inimigo, se espatifando contra ele e o fazendo cair no chão. Nishi se levantou em um movimento rápido, com a pouca força que lhe restava e enquanto o inimigo se levantava, o chutou no peito, fazendo o cair e se espatifar no chão do primeiro andar.

Ele caiu de cansaço, sendo socorrido por Mitsu, que falou: — Não precisava ter feito aquilo, eu conseguiria me virar sozinha.

— Não enche meu saco, respondeu ele.

Ela não prestou atenção, olhando para a parede.



Lá, letras gigantes apareceram na parede com a pontuação e os seguintes dizeres:



Hikata Nishi: Pontos: 600 pontos Total: 1180 pontos.

Hibari Mitsu: 450 pontos Total: 1070 pontos.

Minami Taikou: 500 pontos Total: 1020 pontos





“Sejam bem-vindos a décima divisão de batalha da O.H.D”



Taikou acordou meio tonto, todo machucado e fora de si e disse:

— Iei! Consegui o emprego no Shopping Center.



Nishi se acordou do estranho sonho que teve de como havia entrado na O.H.D. Foi algo tão repentino que ele não tinha parado para pensar que era algo tão surreal. Abriu os olhos ficou se perguntando em que lugar estava. E então, foi que se lembrou de Aki-chan sendo golpeada e o sangue saindo de sua cabeça. Levantou-se de repente e gritou.

— AKI-CHAN!

E duas figuras femininas o seguraram. Ele olhou para uma delas desconcertado. Não havia visto quem havia golpeado sua amada, mas reconheceu a figura que estava ali.

— Kurohime... Ia dizer ele, mas ela o interrompeu.



— Shimi Kurohime, décima divisão de combate da O.H.D, especializada em infiltração, espionagem e assassinato. Essa ao lado é Myazaki-san, uma das mais renomadas cientistas da O.H.D. Ali, uma figura adorável se encontrava, com os cabelos pretos e trançados e óculos garrafais, usando um belo jaleco, ela sorria para ele.

— Sua ineficácia no evento de duas semanas atrás nos intrigou.

— Duas semanas?

— Sim, você foi seriamente ferido. Pode ter parecido um golpe normal, mas a faca estava banhada em um veneno desenvolvido em laboratório por terroristas. Seu efeito de degeneração das células iria o matar em alguns minutos. Mas nossa incrível Kuro-chan apareceu e salvou o dia! Disse Myazaki-san, sorridente.

— O que aconteceu com Aki-chan?

— Não está mais no continente, está na prisão da O.H.D, no meio do oceano glacial Ártico, presa até confessar que trabalha para terroristas e sujeita a execução.



Ele ficou mais confuso ainda, a garota que o amava não era quem ele pensava. Todos esses seis meses que ele conhecia ela, todos os sorrisos adoráveis dela eram falsos. Tudo era falso.



— Não se preocupe, era uma entidade dentro dela, a pessoa em si está em segurança.

Ele recuperou o fôlego e suspirou.



— Vendo sua inexperiência em combate, a partir de hoje, essas duas pessoas vão treinar você rigorosamente.



Sano e Sakurai estavam encostados na porta, fitando-o. Sakurai se aproximou do rosto de Nishi, esboçando um sorriso amedrontador e disse:



— Preparado para o inferno? Hikata Nishi-kun...






Capítulo 7 - Birth By Sleep II: Fim.

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