É um grupo cheio de personalidades, sim... Muito cheio.




Capítulo 2 - Power Rangers?



No outro dia, Nishi se acordou embaixo da cama, uma cena muito comum para ele de manhã, ligou as luzes, deu dois tapas na cara para acordar e se dirigiu a sala. Tinha se esquecido da tarde anterior, cinzas no chão da sala e a porta improvisadamente colocada em seu lugar. Pegou a vassoura e tocou as elas para baixo do tapete, se arrumou e foi para a escola, dizendo um melancólico: — Até logo, casa.

No caminho, reclamou com o síndico de que a porta havia quase caído encima dele e o matado e que devia arranjar uma nova. Quando o síndico fez um comentário sobre os tremores da tarde anterior, Nishi respondeu: — A nova moradora do segundo andar costuma ser bem barulhenta quando leva homens para lá”. Parece que os caras do trabalho dele tinham feito com que ninguém percebesse o gigante de ontem.

Depois de andar até a estação, embarcou no trem e abriu seu delicioso e nutritivo café, uma barra de chocolate. Botou os fones de ouvido e suspirou, mexia suas pernas conforme a música. Não percebeu, mas as pessoas começaram a olhar para ele, só notou o que estava fazendo quando duas garotas olharam pra ele e deram um riso debochado, ele olhou para baixo envergonhado e parou. Nishi nunca tinha sido popular com as garotas, não por que ele era feio ou algo assim, é por que ele sempre ficava as observando de longe só admirando, assim elas nunca o procuravam.

Ele saiu do trem e desceu uma lomba até chegar a frente da sua escola, onde se encontrou com Taikou, seu amigo desde o ginásio e colega de trabalho. Usava óculos garrafais e tinha os cabelos loiros e um pouco longos separados ao meio. Um pouco mais alto que Nishi, esse tinha cabelos pretos meio curto, repicados para baixo e um corpo magro.



— Eai Nishi, como foi a tarde de folga ontem? E ele respondeu: --- Calma e tranqüila, tirando o grande ser que invadiu meu apartamento querendo me matar, foi ótimo.



— Ah, sobre isso, todo mundo recusou o trabalho e então a Mitsu mandou para você, eu disse que ia te deixar irritado, mas ela não me ouviu. Bom, coisas do trabalho, vamos entrar logo, a aula vai começar.

No meio do período de História clássica, Nishi recebeu um bilhete de Taikou que dizia: — Cara, preciso te contar um segredo... Na verdade...



EU SOU O BATMAN!




Depois de ler, ele suspirou e voltou a “prestar atenção” na aula. Taikou era viciado em HQ´S americanos e seu sonho era ser um super-herói, com seu atual trabalho, ele meio que tinha conseguido alcançar seu sonho.

Depois do turno da tarde, eles se dirigiram ao trabalho. Chegaram à frente de uma loja de artigos eróticos que se chamava “O sonho de um homem”.

Nishi se sentia perturbado por receber olhares maldosos por toda a parte. Chegaram ao último andar, na sessão chamada “Top sexcret” e entraram em uma sala escura, desceram alguns lances de escadas e então Taikou apertou um botão que fez com que as luzes se ligassem. Ali, um imenso corredor branco se estendia, depois de andarem uns 10 minutos, encontraram um portão com as seguintes letras marcadas:



O.H.D




Organization of human defense, ou seja, organização de defesa humana.

Nishi olhou fixamente para a porta com os olhos cerrados e disse:



— Abra ou morra.



A porta em um segundo abriu, enquanto um tipo de choramingo saia dela. — Você a fez chorar de novo. Disse Taikou. — Nos desculpe porta-chan.

Lá dentro, um espaço totalmente aberto com um holograma de um céu azul falso se abria, tinha ruas e prédios, uma multidão de pessoas passando e máquinas voando pelo “céu”. Uma mulher passou por eles e disse: — Sejam bem-vindos a central japonesa de defesa humana. Os dois mostraram um tipo de credencial para ela e seguiram em frente.

Chegaram a um pequeno prédio e lá viram Sakurai, colega de trabalho, polido e frio com todo mundo.

— Hikata Nishimoto e Minami Taikou, atrasados de novo? Isso que eu chamo de preocupação com o trabalho. Ele era um jovem com um olhar assasino e grandes olheiras, uma pele pálida e longos cabelos pretos.

— Não enche Rai-chan, recém saímos da escola. Disse Taikou.

Sakurai botou a katana no pescoço dele e disse com uma voz mortal: Rai-chan?

— Ei vocês, já estão causando confusão a essa hora?

Disse Sano, um jovem alto com cabelos ruivos e um cavanhaque curto.

— Ele tem razão, assim vocês me cansam. Disse Haruki, uma jovem alta e com um busto farto, com longos cabelos cor castanho claro.

— Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaruuuuuuuuuuuki-san! Disse Sano, caindo aos pés dela. Ele era um mulherengo sem cura.

— Bom, acho que estão todos reunidos aqui. Disse um cachorro branco que entrou na sala e se transformou em um homem alto e velho.

— Onde está a Mitsu? Disse Nishi.

— Eu já estava aqui faz tempo, respondeu ela, com os olhos vidrados no notebook e seu game e seus cabelos azuis estilo chanel caindo na cara.

— A ficha da missão vai ser informada pelo visor de vocês, qualquer problema, chamem reforços, mas acho que não vão precisar, já que são a divisão mais eficiente daqui.

— Entendido! Disseram todos.

— Aliás, Haruki-chan, vista essa fantasia de coelhin... *POW* O velho Okiba-san levou um soco dela. Ele também era um mulherengo sem cura.

— A-adeus. Completou ele.

Nesse momento, todos entraram em um compartimento e foram teletransportados para um lugar totalmente deserto, trajando roupas militares pretas, com sobretudos e um fone gigante nos ouvidos.



— Bem, vamos começar. Disse Sano com empolgação.





Não, eles não são os Power Rangers.



Capítulo 2 - Power Rangers?: Fim.

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