ano hi no mirai ga FURASSHU BAKKU♪Capítulo 6 - Birth By Sleep I
Nishi esperava por Taikou na estação Ikebukuro. Havia chegado ali fazia meia hora e nada dele. Estava totalmente arrumado, uma cena rara.
Seus cabelos pretos hoje estavam lisos e caídos, usava um terno e segurava uma pasta preta em uma das mãos. Encostou-se sobre um dos alicerces da plataforma e ficou analisando as pessoas que passavam ali. Elas não faziam questão de prestar atenção no mundo a sua volta, correndo afobadas e esbarrando umas nas outras. Pareciam robôs que só seguiam um mesmo plano. Olhou para o panfleto em sua mão com um ar de decepção.
“Procuramos jovens entediados que não tem interesse na vida, pagamos bem.”
Via nele alguma luz de esperança para aquilo não acontecer com ele. Uma mão o tocou no ombro e ele virou rapidamente, vendo Taikou sorridente ao seu lado.
— Por que está vestido tão formalmente? Não vamos tentar trabalho em uma multinacional ou algo assim. Disse ele.
— Mesmo sendo só um trabalho de meio-período, preciso me garantir.
E então os dois embarcaram com dificuldade no trem, lutando contra o mar de pessoas. Era o horário de volta do trabalho em Toshima, e os dois iam contra o fluxo. Passaram pelas ruas de maior movimento até chegar a uma estreita. Lá, um prédio pequeno se espremia entre dois maiores. A renomada Sex Shop “O sonho de um homem” se mostrava. Nishi ficou com receio de entrar lá, mas não tinha escolha.
Realmente, aquilo era o sonho de qualquer pervertido, teve coisas que ele nem imaginava que existissem. Chegaram até o quarto andar e perguntaram ao atendente dali onde ficava o endereço que estava escrito no panfleto. Ele fez uma cara desconfiada e abriu um armário atrás do balcão. Depois de destrancar alguns compartimentos, pegou uma chave e foi até o fim do corredor, empurrou uma estante e abriu uma pequena portinha. Lá, um gigante lance de escadas se estendia para baixo, coberto pela extrema escuridão.
— As luzes estão com o sistema automático estragado faz meses, terão que achar o interruptor lá embaixo. Boa sorte. Disse o atendente, voltando para trás do balcão.
Depois de descerem, Taikou teve um trabalho tremendo para achar o dito cujo, batendo a cabeça várias vezes no processo.
Nishi botou a mão na frente dos olhos para protegê-los. A luz ofuscante foi se espalhando pelo corredor e os dois ficaram perplexos com seu tamanho. Chegando a porta, ficaram curiosos com o emblema nela e por ela não ter nenhum mecanismo para abrir.
Depois de baterem, gritarem e tudo mais, se sentaram e esperaram por algo. Foi então que uma voz feminina saiu da porta.
— Vocês foram bem pacientes. Desculpem minha demora, estava dormindo. — Então, por que estão aqui?
— Por causa desse panfleto. Nishi tirou-o do bolso e apontou para o ar, por não saber com quem falava.
— Ah, sejam bem-vindos, querem começar a entrevista ago... Nesse momento, a porta foi explodida e estilhaços foram espalhados por todos os lados. A voz da porta começou a chorar e dizer: — Eu só queria companheiros para que ficassem juntos de mim. Oh, me sinto tão sozinha nesse corredor branco.
— Ignorem, ela costuma ter essas crises de solidão às vezes. Disse Sano.
Os dois ignoraram o rapaz. Estavam perplexos demais com a paisagem diante deles. Era praticamente uma cidade. Sano viu o panfleto na mão de Nishi e disse: — Ah, a entrevista para a divisão 08? Acompanhem-me, por favor.
Depois de andarem até o prédio das divisões 06,08 e 10, um dos “menores” de lá, se encontraram com Mitsu, que usava o mesmo cabelo chanel, só que desta vez estava pintado de rosa. Sempre grudada na tela do noteboock, trancada em seu próprio mundo.
— Por favor, aguardem um momento, irei chamar o responsável pela entrevista. Disse Sano, saindo da sala afobadamente. Os dois se sentaram e ficaram em silêncio por um tempo e depois Taikou perguntou: — Será que é um novo shopping? Se for, eles foram geniais em fazerem isso no subterrâneo.
Nishi o ignorou, estava vidrado na beleza de Mitsu e suas belas pernas de fora. Sua aparência nipônica era linda e sua pele extremamente alva parecia ser feita de nuvens. Ela olhou de relance para ele, que virou para o lado, envergonhado.
O cão branco Okiba-san entrou na sala. Logo se transformando para a forma humana.
— Oh! Adoro mágica! Será que essa vai ser uma loja voltada a isso? Disse Taikou empolgado, totalmente crente na idéia de que aquilo realmente era um Shopping Center.
— Não meu caro, isso se chama mestiço. Minha mãe era humana e meu pai Youkai. Disse ele. — Então, vocês foram bem corajosos ao pegarem esse panfleto no mural do prédio de comunicação da O.H.D. Conhecem os boatos de que trabalhar nas divisões é bem perigoso.
— Não pegamos de lá, achamos esses panfletos em um mural na estação Ikekuburo. Disseram os três.
O velho fez uma cara de desentendido, virou a cabeça e disse com um ar de descontentamento misturado com surpresa.
— Ah! Me enganei.
Capítulo 6 - Birth By Sleep I: Fim.
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